terça-feira, 26 de novembro de 2019

O teatro de marionetes e o teatro de bonecos Mané Beiçudo


O teatro de marionetes e o teatro de bonecos Mané Beiçudo
Quando lidamos com bonecos manipulados através de fios e cordões estamos nos referindo ao teatro de marionetes. Geralmente o ator/manipulador utiliza-se de uma cruzeta, onde fixa uma das extremidades dos fios. As outras extremidades são fixadas às diferentes partes do boneco. Acionado, cada fio dará movimento a um dos membros do boneco. Conforme movimenta a cruzeta – impondo variadas inclinações ou oscilações, o ator vai dando vida ao inanimado. Mas não é somente a cruzeta que possibilita o movimento. Muitas vezes, para alcançar maior expressividade do movimento, o ator tem que puxar diretamente o fio, um a um, num processo de manipulação que exige grande maestria. Neste tipo de teatro, os bonecos podem ter uma grande dimensão, sendo controlados por cima, de um estrado superior.

O que determina o número de fios que fixaremos na marionete é a quantidade e qualidade dos movimentos que esperamos do boneco. Podemos construir bonecos mais simples utilizando nove fios: um em cada uma das pernas, um em cada uma das mãos, um em cada um dos ombros, um em cada uma das orelhas – com o que daremos movimento à cabeça – e um ultimo fio fixado à bacia, possibilitando que a marionete se vergue ou incline.

Mas caso sejam necessários movimentos mais detalhados, em que a precisão do gesto cênico seja relevante para o contexto, então o numero de fios pode chegar a vinte e sete, trinta ou mais ainda.

A habilidade em manipular marionetes está diretamente vinculada ao grau e intensidade do treinamento. Quanto maior a quantidade de fios, maior dedicação e esforço serão solicitados do manipulador.

Naturalmente, um boneco que radicalize a mobilidade, o movimento, exigirá grande número de fios. Mas mesmo a manipulação de bonecos mais simples, com movimentos mais parcimoniosos, torna a operação ligeiramente mais complexa. Daí a preferência do Teatro Popular de Bonecos Mané Beiçudo pelo boneco de luvas. Seu formato simples assegura a rapidez das apresentações-satélites, aquelas que ocorrem no bojo da apresentação-mestre. Como o processo é muito dinâmico, a prioridade incide sobre tudo o que se apresente mais prático, sem que se perca –naturalmente - a necessária plasticidade e os elementos que tornam o espetáculo lúdico e instigante.

Antônio Carlos dos Santos - criador da Metodologia Quasar K+ de Planejamento Estratégico e a tecnologia de produção de Teatro Popular de Bonecos Mané Beiçudo.


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