terça-feira, 17 de janeiro de 2017

‘Dorotéia’, de Nelson Rodrigues, inicia nova temporada no Sesc Copacabana


Letícia Spiller e Rosa Maria Murtinho no palco em 'Dorotéia'  (Foto: Divulgação/João Dionísio)Letícia Spiller e Rosamaria Murtinho durante apresentação de 'Dorotéia' (Foto: Divulgação/João Dionísio)


















Depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil, 'Dorotéia', de Nelson Rodrigues, está de volta aos palcos cariocas. Em cena, Rosamaria Murtinho e Letícia Spiller interpretam a Fera e a Bela. Rosamaria é a protagonista Dona Flávia, uma mulher feia, frustrada e infeliz, que faz de tudo para destruir a beleza da prima Dorotéia, uma ex-prostituta e pecadora incorrigível, mas arrependida, vivida por Letícia.

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A história, que entra em cartaz nesta sexta-feira (13), é uma composição poética à beleza da mulher onde a heroína, que dá título à obra, segue em busca da destruição de sua própria beleza para se igualar à feiúra de suas primas. Numa casa só de mulheres, sem quartos e onde há mais de 20 anos não aparece um homem, chega Dorotéia, uma ex-prostituta arrependida que quer se redimir de seus pecados.

O elenco conta ainda com a participação de Alexia Deschamps, Dida Camero, Anna Machado e Jaqueline Farias. Letícia Spiller, que também está no ar na novela Sol Nascente, revela que a paixão por esse texto vem de muito tempo:
— Logo que comecei a estudar teatro, o meu desejo era fazer essa peça — lembra.

Rosamaria também comemora a chance de interpretar uma personagem diferente de tudo que já fez.

— Sempre interpreto mulheres ricas e sofisticadas. Queria uma personagem que me desconstruísse completamente, e pedi isso ao Farjalla — revela, citando Jorge Farjalla, diretor do espetáculo. Juntos, eles idealizaram o projeto para fazer parte das comemorações dos 60 anos de carreira da atriz.

Além de sucesso de público, a montagem também coleciona prêmios: Rosamaria levou para casa um Cenym e um Nelson Rodrigues, como melhor atriz. Neste último, Letícia Spiller e Jorge Farjalla também foram destaque.

— Sou um privilegiado por trabalhar com duas gerações de grandes atrizes, com personagens de peso e no texto de Nelson. A energia que a Letícia tem é exatamente o que eu queria para a Dorotéia e Rosinha traz a visceralidade peculiar à Dona Flávia — comemora o diretor.

Globo teatro