Atriz comemora 40 anos de carreira e se apresenta sozinha no palco pela
1ª vez; a famosa tragédia grega é de Sófocles.
Com apresentações marcadas para os dias
5 e 6 de abril no Festival de Curitiba, a peça “Antígona”, de Sófocles é um
alerta do que pode acontecer a governos tiranos, quando as autoridades colocam
os interesses ditos públicos acima dos da população.
Interpretada por Andrea Beltrão,
“Antígona” tem direção de Amir Haddad e tradução de Millor Fernandes. Como
desafio, o diretor e a atriz encararam a viagem até a raiz do mito que originou
um texto – já tantas vezes montado – num trabalho de reescrita cênica de uma
obra-prima. Este é o primeiro solo de Andrea Beltrão, que completa 40 anos de
carreira.
“Antígona” foi escrita em 441 A.C. e
é reconhecida por enaltecer o poder feminino. A jovem Antígona é a última
descendente dos que originaram a cidade de Tebas, na Grécia.
Filha da relação incestuosa entre
Jocasta e Édipo – de quem, portanto, é filha e irmã – é condenada por
desobedecer seu tio Creonte, então rei de Tebas. O rei havia proibido que seu
irmão, Polinice, tivesse um enterro conforme as tradições religiosas de seu
povo.
Antígona enterra o seu morto,
desobedece ao Estado e paga com a vida sua desobediência civil. Porém, essa
condenação também tem um preço para o rei tirano.
Uma das preocupações da montagem é colocar
as pessoas a par dos acontecimentos míticos. Na Grécia antiga, o público sabia
de antemão sobre os personagens que apareciam e eram citados no texto: o
temperamento, a genealogia e a história dos deuses e mitos fazia parte do
cotidiano. Então, a partir disso, o público consegue ir mais a fundo na mensagem
de Sófocles.
Amir Haddad
Amir Haddad
dirigiu grupos alternativos na década de 1970 e fundamentou uma linha de
trabalho que inclui a disposição não convencional da cena, a desconstrução da
dramaturgia, a utilização aberta dos espaços cênicos e a interação entre atores
e espectadores. Na década de 80 fundou o Grupo Tá na Rua, do qual faz parte até
hoje. No Festival de Curitiba ele participa com duas montagens.
Sobre o Festival
A 26ª edição do
Festival de Curitiba começa em 28 de março. A programação segue até 9 de abril
com artistas em espetáculos para todas as idades e bolsos. Na Mostra Oficial
serão 38 atrações, três internacionais e oito estreias nacionais. Confira a grade de programação.
O Fringe,
recorte do festival com participação livre, sem curadoria, completa 20 edições
e terá 11 mostras especiais – uma delas portuguesa, com 5 espetáculos. Ao todo,
são 303 montagens em cartaz, 45 delas com apresentações de rua e 66 espetáculos
gratuitos.
Além dos
espetáculos, performances, intervenções e dos dois shows musicais, a
programação inclui ainda uma série de ações, oficinas, conversas após as peças,
encontro de crítica e curadoria e outras atividades de estimulo à formação do
pensamento, às trocas entre artistas e entre artistas e público. Confira o guia oficial do festival.
Quer
saber mais sobre o Festival? Acesse Festival de
Curitiba 2017.
G1
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Saci Pererê
Travesso, o negrinho de uma perna só, cachimbo e gorro vermelho é a mais conhecida e admirada lenda do folclore brasileiro.
Conforme a mitologia, o saci, além das algazarras e brincadeiras, integra-se à luta pela sustentabilidade ambiental.
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A maior coleção interagindo educação, teatro e folclore já lançada no país. São dez volumes abordando 19 lendas do folclore brasileiro.
Veja os livros que compõem a Coleção:
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•Vol. 1 – O coronel e o juízo final
•Vol. 2 - A noite do terror
•Vol. 3 - Lobisomem – O lobo que era homem
•Vol. 4 - Cobra Honorato
•Vol. 5 - A Mula sem cabeça
•Vol. 6 - Iara, a mãe d’água
•Vol. 7 - Caipora
•Vol. 8 - O Negrinho Pastoreiro
•Vol. 9 - Romãozinho, o fogo fátuo
•Vol. 10 - Saci Pererê
São dez comédias para o público infanto-juvenil, onde a cultura popular do país é retratada através de uma dramaturgia densa mas, ao mesmo tempo, hilariante, alegre e divertida.
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