O Dia Internacional do Agricultor Familiar foi comemorado no
dia 25 deste mês. No dia 28 de julho, se comemorou o Dia do Agricultor. Nada
melhor que aproveitar a oportunidade para refletir sobre os grandes temas que
incendiam o país desde os idos do descobrimento: reforma agrária e cidadania,
soberania alimentar, identidade dos camponeses e dos brasileiros, heranças
agrárias e alternativas de produção, alimentos geneticamente modificados, a
concentração fundiária e a violência no campo, dentre outros. E promovendo a
reflexão à luz da cultura e das manifestações artística. Você não pode deixar
de ler “Quando o homem engole a luz”.
Para saber mais sobre o livro, clique em sua capa, acima. |
O livro
A peça teatral retrata uma situação que vem do Brasil Colônia e persiste nos dias atuais: estratégias utilizadas por capatazes para escravizar trabalhadores rurais.
Em uma das cenas da peça “Gravata Vermelha” esse crime é explicado num diálogo entre as personagens Alfredo e Marquito:
“(...) Quando o caboco chega lá para trabalhar tem que comprar tudo no armazém, na venda da fazenda, a única que existe no lugar. E daí compra fiado, abre conta, anota no caderno. Tudo caro, mercadoria de servo, de criado; preço de doutor. Quando chega ao final do mês, o salário já tá muito menor que a conta aberta no Armazém. E vai passando o mês, vai passando outro mês, e depois um ano, muitos anos, a conta, a dívida só aumentando, crescendo sempre mais e mais. Não tem jeito de sobrar dinheiro, nunca sobra salário, nunca dá prá quitar a dívida. Daí que o caboco vira o quê? Escravo. Trabalha, trabalha, e cada vez deve mais. Quando se dá conta da escravidão e tenta fugir, os jagunços cravam o balaço nas costas. É assim, minha senhoria. Desse jeito mesmo que acabo de contar. (...)”.
“Quando o homem engole a lua” investe numa inovadora concepção cênica, criando novos espaços e estilos de interpretação, se destacando a fina interação entre o espetáculo tradicional - onde se apresentam atores, músicos e dançarinos – e o teatro de bonecos com a performance dos bonecos de luva e vara.
A peça teatral retrata uma situação que vem do Brasil Colônia e persiste nos dias atuais: estratégias utilizadas por capatazes para escravizar trabalhadores rurais.
Em uma das cenas da peça “Gravata Vermelha” esse crime é explicado num diálogo entre as personagens Alfredo e Marquito:
“(...) Quando o caboco chega lá para trabalhar tem que comprar tudo no armazém, na venda da fazenda, a única que existe no lugar. E daí compra fiado, abre conta, anota no caderno. Tudo caro, mercadoria de servo, de criado; preço de doutor. Quando chega ao final do mês, o salário já tá muito menor que a conta aberta no Armazém. E vai passando o mês, vai passando outro mês, e depois um ano, muitos anos, a conta, a dívida só aumentando, crescendo sempre mais e mais. Não tem jeito de sobrar dinheiro, nunca sobra salário, nunca dá prá quitar a dívida. Daí que o caboco vira o quê? Escravo. Trabalha, trabalha, e cada vez deve mais. Quando se dá conta da escravidão e tenta fugir, os jagunços cravam o balaço nas costas. É assim, minha senhoria. Desse jeito mesmo que acabo de contar. (...)”.
“Quando o homem engole a lua” investe numa inovadora concepção cênica, criando novos espaços e estilos de interpretação, se destacando a fina interação entre o espetáculo tradicional - onde se apresentam atores, músicos e dançarinos – e o teatro de bonecos com a performance dos bonecos de luva e vara.