Por
que Adel Kermiche foi solto?
O
jornal Le Monde teve acesso ao processo que resultou na libertação do
terrorista Adel Kermiche, um dos autores da barbárie em
Saint-Étienne-du-Rouvray.
Adel
Kermiche, preso por tentar se juntar ao Estado Islâmico na Síria, afirmou ao
juiz que pretendia se tornar paramédico, para tratar de gente com problemas
psicológicos. A sua família garantiu que ele poderia trabalhar como animador
num centro de lazer municipal. "Eu sou um muçulmano com valores de
misericórdia e bondade. Não sou extremista. Tenho vontade de retomar a minha
vida, de rever os meus amigos, de me casar", disse Adel Kermiche.
O
juiz, então, o libertou com tornozeleira eletrônica, porque ele teria
"tomado consciência dos seus erros", havia tido "ideias suicidas
na prisão" e estaria "determinado a seguir os passos de inserção
social" e que a sua família parecia disposta a lhe dar
"acompanhamento".
Adel
Kermiche praticou a sua misericórdia com o padre que degolou.
Mais
um terrorista solto
O
segundo assassino do padre Jacques Hamel, de acordo com a Le Point, também
havia sido fichado pela polícia.
Trata-se
de mais um terrorista que deveria estar preso, e não solto para massacrar
inocentes.
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Na peça “O juiz”, Antônio Carlos aborda questões latentes em autores como Aristóteles (Política), John Locke (Segundo Tratado do Governo Civil), e Montesquieu (O Espírito das Leis) e que alavancaram o estado moderno e a democracia contemporânea para denunciar – com muito humor e irreverência – a propalada independência dos poderes, o sistema de freios e contrapesos, e a nefasta prevalência do judiciário quando os demais poderes, executivo e legislativo, são, deliberadamente, fragilizados. Uma das personagens da peça chega a se sublevar contra um dos principais ensinamentos de Rui Barbosa: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”.
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