Para o homem mais rico do mundo, o satélite natural da Terra é um centro
ideal para a indústria pesada
Durante a
conferência Space Development, ocorrida em Los Angeles no último sábado
(26/05), Jeff Bezos, CEO da gigante Amazon, contou ao público como pretende
explorar a Lua. De acordo com o executivo, sua empresa espacial Blue Origin vai
trabalhar em parceria com a Agência Espacial Americana (NASA) e a Agência
Espacial Europeia (ESA) para criar uma comunidade na Lua. Mas, se necessário,
disse Bezos, ele levará o plano adiante mesmo que sozinho.
A proposta de Bezos é que o satélite natural da Terra seja um centro para a indústria pesada. 'Num futuro não muito distante - estou falando de décadas, talvez 100 anos', ele disse, 'vai começar a ser mais fácil fazer muitas das coisas que fazemos na Terra no espaço".
Segundo Bezos, a Terra ainda terá muito o que fornecer, como minerais e outros recursos que não podem ser encontrados na Lua, mas, para ele, uma base de produção lunar é uma solução 'óbvia'. "Há luz solar 24 horas por dia, sete dias por semana, água abaixo da superfície e muito regolito (camada de rocha sólida, boa para construção). É quase como se alguém tivesse deixado isso preparado para nós", afirma ele.
O CEO já propôs uma parceria público-privada entre a Blue Origin e a Nasa para criar uma sonda lunar para testar as possibilidades de fabricação e habitação lunar e, mais que isso, reduzir o custo dessas ações. A sonda seria capaz de transportar cinco toneladas de carga para a superfície da Lua, mais do que o suficiente para realizar trabalhos significativos por lá.
A longo prazo, a ideia é facilitar a ida de milhões de pessoas para trabalhar no espaço. "Essas pessoas podem viver e trabalhar em asteróides vazios", diz, referindo-se a um conceito que foi proposto décadas atrás por Gerard K. O'Neill, um físico de Princeton cujas idéias sobre o assentamento espacial alimentam a paixão de Bezos pela fronteira final. Transferir a indústria pesada para postos avançados movidos a energia solar é a única maneira de garantir que o nosso planeta possa lidar com a crescente demanda por energia, defende o dono da Amazon. "A Terra será apenas para uso residencial e industrial leve, enquanto a indústria pesada será removida do planeta e alimentada por energia solar. A Terra não é um lugar muito bom para se fazer indústria pesada".
Tudo isso ainda é altamente especulativo. Os foguetes produzidos pela Blue Origin ainda são estritamente suborbitais. O modelo New Glenn, o sucessor do New Shepard, está programado para voar só nos anos 2020, mas Bezos parece não ver motivo para esperar até lá para começar a trabalhar no que se poderá desenvolver na Lua. Quando chegar a hora, ele espera que a residência lunar seja um privilégio compartilhado entre países trabalhando juntos em uma "aldeia lunar" e combinando suas forças em vez de brigar uns contra os outros. A ver.
A proposta de Bezos é que o satélite natural da Terra seja um centro para a indústria pesada. 'Num futuro não muito distante - estou falando de décadas, talvez 100 anos', ele disse, 'vai começar a ser mais fácil fazer muitas das coisas que fazemos na Terra no espaço".
Segundo Bezos, a Terra ainda terá muito o que fornecer, como minerais e outros recursos que não podem ser encontrados na Lua, mas, para ele, uma base de produção lunar é uma solução 'óbvia'. "Há luz solar 24 horas por dia, sete dias por semana, água abaixo da superfície e muito regolito (camada de rocha sólida, boa para construção). É quase como se alguém tivesse deixado isso preparado para nós", afirma ele.
O CEO já propôs uma parceria público-privada entre a Blue Origin e a Nasa para criar uma sonda lunar para testar as possibilidades de fabricação e habitação lunar e, mais que isso, reduzir o custo dessas ações. A sonda seria capaz de transportar cinco toneladas de carga para a superfície da Lua, mais do que o suficiente para realizar trabalhos significativos por lá.
A longo prazo, a ideia é facilitar a ida de milhões de pessoas para trabalhar no espaço. "Essas pessoas podem viver e trabalhar em asteróides vazios", diz, referindo-se a um conceito que foi proposto décadas atrás por Gerard K. O'Neill, um físico de Princeton cujas idéias sobre o assentamento espacial alimentam a paixão de Bezos pela fronteira final. Transferir a indústria pesada para postos avançados movidos a energia solar é a única maneira de garantir que o nosso planeta possa lidar com a crescente demanda por energia, defende o dono da Amazon. "A Terra será apenas para uso residencial e industrial leve, enquanto a indústria pesada será removida do planeta e alimentada por energia solar. A Terra não é um lugar muito bom para se fazer indústria pesada".
Tudo isso ainda é altamente especulativo. Os foguetes produzidos pela Blue Origin ainda são estritamente suborbitais. O modelo New Glenn, o sucessor do New Shepard, está programado para voar só nos anos 2020, mas Bezos parece não ver motivo para esperar até lá para começar a trabalhar no que se poderá desenvolver na Lua. Quando chegar a hora, ele espera que a residência lunar seja um privilégio compartilhado entre países trabalhando juntos em uma "aldeia lunar" e combinando suas forças em vez de brigar uns contra os outros. A ver.
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