Crianças sudanesas em foto de arquivo de 2010. EFE/Khaled El-Fiqi |
Mais de 2 milhões de crianças foram obrigadas a deixar a escola durante os dois últimos anos no Sudão do Sul devido ao conflito bélico no país, denunciou nesta quarta-feira a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês).
"Por causa do conflito (...) pelo menos 2,2 milhões de crianças em todo o Sudão do Sul não estão frequentando a escola, um número que deve aumentar se nada for feito" para reverter esta tendência, disse o representante da Unesco em Yuba, Saldar Umar Alam, em entrevista coletiva.
Umar Alam advertiu que "o número de crianças fora da escola no país aumentou nos últimos anos e espera-se que o mesmo supere 2,4 milhões nos próximos dois se a situação atual não mudar".
A guerra no país africano explodiu no fim de 2013, dois anos depois que a nação obteve sua independência do Sudão, e a violência só ficou interrompida por cerca de um ano, entre meados de 2015 e 2016, em virtude de um acordo de paz que acabou fracassando depois.
Atualmente, o governo do presidente de Salva Kiir e a oposição armada estão fazendo negociações de paz na capital do Sudão, Cartum, em uma tentativa de reviver o acordo de paz e deter a violência de forma definitiva.
O conflito causou milhares de mortes e levou o país à beira da fome, com 6 milhões de pessoas sem acesso a alimentos suficientes e 4 milhões de deslocados.
EFE