Figura
emblemática da street art, o artista britânico publicou em seu Instagram
algumas das obras que apareceram nos últimos dias em Paris.
Banksy, figura
emblemática da street art, reivindicou a autoria de várias das obras que
apareceram nos últimos dias nas ruas de Paris, como no estacionamento do Centro
(cultural) Pompidou, em homenagem a Maio de 68.
O artista britânico, cuja identidade é mantida em segredo, publicou em
sua conta do Instagram uma foto deste grafite, que representa um rato: "50
anos depois dos eventos de maio de 1968 em Paris. Lá onde nasceu a stencil art
moderna", disse em alusão ao Museu Nacional de Arte Moderna que o Pompidou
abriga.
Banksy reivindica igualmente uma obra realizada nos cais do Sena - dois
ratos com chapéu-coco e guarda-chuva -, e outra que apareceu perto da
universidade de Sorbonne.
"Não nos alertou, mas é nosso dever proteger sua obra",
indicou Bernard Blistène, diretor do Museu Nacional de Arte Moderna. Assim, a
obra será acompanhada de uma placa com o nome do artista, que também teria
pintado uma silhueta com semblante triste em uma porta da casa de shows
Bataclan, alvo de um atentado jihadista em 2015, que deixou 90 mortos.
No norte da capital, foi descoberto um grafite de uma menina desenhando
padrões florais rosas sobre uma suástica, perto de um antigo centro de
acolhimento de refugiados.
Algumas obras de Banksy batem recordes nos leilões. Uma colaboração com
sua compatriota Damien Hirst ("Keep It Spotless") foi vendida por US$
1,8 milhão em 2008 em Nova York.
Ninguém sabe o nome nem viu fotos do artista, natural de Bristol, que
denuncia o consumismo, o imperialismo americano e a situação dos refugiados nas
paredes do mundo inteiro, de Londres a Gaza.
France Presse