O cineasta ucraniano Oleg Sentsov durante seu julgamento nesta terça-feira (21) (Foto: Sergey Pivovarov/Reuters) |
Contrário à anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, Oleg Sentsov foi condenado por 'terrorismo' e 'tráfico de armas'.
Os países do G7 afirmaram no dia 21 que estão
muito preocupados com o destino do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, preso
na Rússia e em greve de fome há um mês, e pediram sua libertação em uma
troca de detentos entre Moscou e Kiev.
"Estamos muito preocupados com a situação de Oleg Sentsov e outros
presos e detidos na Rússia", afirmaram os embaixadores em Kiev das sete
potências do G7: Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França
e Itália.
Contrário à anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, Oleg Sentsov foi
condenado por "terrorismo" e "tráfico de armas" em um
processo chamado de "stalinista" pela organização Anistia
Internacional e denunciado por Kiev, União Europeia e Estados Unidos.
Greve de fome
Nesta quinta-feira, seu 38º dia sem alimentação, o cineasta de 41 anos
afirmou que está disposto a morrer na prisão para exigir a libertação de
"todos os prisioneiros políticos" ucranianos detidos na Rússia.
Os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Petro
Porochenko, mencionaram recentemente a possibilidade de uma "troca de
prisioneiros" entre os dois países.
Ao comentar a hipótese de um indulto reclamado por alguns defensores do
cineasta, o Kremlin afirmou esta semana que o procedimento deveria ser
solicitado "pelo próprio condenado".
O Conselho Europeu, assim como várias personalidades, incluindo o
escritor americano Stephen King, também pediram a libertação.
G1.Globo, da AFP