A atriz americana Angelina Jolie, embaixadora especial da agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), pediu neste domingo à comunidade internacional que invista mais em educação para as pessoas refugiadas e deslocadas com o objetivo de que adquiram novas habilidades.
"Quando nem sequer existe uma ajuda mínima, as famílias dos refugiados não podem receber o tratamento médico adequado, as mulheres e as meninas são vulneráveis à violência sexual (...) desperdiçamos a oportunidade de investir nos refugiados para que possam adquirir novas habilidades", disse em uma visita ao campo de refugiados de Domiz, no norte do Iraque.
A atriz fez referência à falta de recursos econômicos da Acnur para responder aos conflitos, já que neste ano "só recebeu 17% do seu financiamento", afirmou em comunicado, além de acrescentar que isto pode causar "terríveis consequências humanas".
No entanto, forneceu uma visão otimista à situação e indicou que a "única resposta" para que não aconteça é "pôr fim aos conflitos que fazem com que as pessoas fujam de seus lares e que todos os governos cumpram com suas responsabilidades".
Além disso, Angelina apontou que ainda existe esperança, após visitar no sábado a cidade de Mossul e hoje o campo de Domiz, na região do Curdistão iraquiano, onde estão assentados um grande número de refugiados sírios que fugiram da guerra no país, que começou em 2011 e que continua hoje em dia.
"Há milhões de refugiados e pessoas deslocadas que desejam retornar aos seus lares e trabalhar e começar de novo, como ontem vi em Mossul, onde tijolo a tijolo, com as suas próprias mãos, estão reconstruindo os seus lares", indicou.
EFE/EPA/Andrew McConnell |
A ofensiva em Mossul para derrotar o grupo jihadista Estado Islâmico, que terminou há quase um ano, durou quase nove meses e foi a mais sangrenta de todas as iniciadas pelas forças iraquianas apoiadas pela coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos.
A visita de Angelina ao Iraque coincidiu com a festa do Eid al-Fitr, a festividade que põe fim ao mês sagrado do Ramadã e que termina hoje, para celebrar o Dia Mundial dos Refugiados, que será comemorado em 20 de junho.
EFE