A Comédia é o mais popular, além do mais político dos gêneros teatrais.
‘Popular’ porque tem suas origens vinculadas às parcelas mais humildes e
desprovidas da população grega. E ‘política’ porque se vincula de maneira indissociável
à democracia.
Diferentemente da farsa, que abusa das cenas caricatas e personagens burlescas
em busca do riso fácil e despretensioso, a comédia adentra o universo da
banalidade para - explorando a vida cotidiana - extrair a crítica social, a análise reflexiva
sobre os usos e costumes, uma eficaz estratégia para chocalhar e modificar o establishment.
A força motriz do gênero é a diversão obtida através do olhar agudo
sobre a cena cotidiana, o comportamento humano, as relações sociais, as
conexões estamentais, os hábitos e a moral, as organizações políticas, nada
resiste ao exame demolidor da categoria que desnuda a realidade para destruir,
condição necessária para a reconstrução, a troca da pele, a elevação do novo.
A origem de tudo remonta ao século VI a.C., às festividades alusivas a
Dionísio, o Deus do vinho.
Para continuar a
leitura, clique aqui e mergulhe na comédia que o deixará de cabelos em pé.