Mais três cidades brasileiras foram
escolhidas para integrar a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A rede foi criada em
2004 para promover a cooperação entre municípios de todo o mundo que tratem a
criatividade como fator estratégico de desenvolvimento urbano sustentável.
As localidades brasileiras que passam a fazer parte da rede são Brasília, em reconhecimento ao design hoje desenvolvido na capital federal; João Pessoa (PB), pela qualidade de seu artesanato e manifestações artísticas populares, e Paraty (RJ), em função da gastronomia criativa.
As localidades brasileiras que passam a fazer parte da rede são Brasília, em reconhecimento ao design hoje desenvolvido na capital federal; João Pessoa (PB), pela qualidade de seu artesanato e manifestações artísticas populares, e Paraty (RJ), em função da gastronomia criativa.
Mais 61 localidades de 44 países
receberam terça-feira (31) o título de cidades criativas. Com isso, a rede da
Unesco passa a contar com um total de 180 municípios, de 72 países,
distribuídos por sete categorias: artesanato/artes populares; artes digitais;
desenho; cinema; gastronomia; literatura e música.
Cinco cidades brasileiras já faziam
parte da rede: Belém (PA) e Florianópolis (SC), na categoria gastronomia;
Curitiba (PR), em design; Salvador (BA), música, e Santos
(SP), na modalidade cinema.
Ao anunciar as 64 novas integrantes
da rede, a diretora-geral da Unesco, a búlgara Irina Bokova, comentou que as
novas incorporações demonstram que a rede tem procurado reconhecer e reunir os
esforços de cidades bastante diferentes entre si. “Também demonstram melhor
equilíbrio geográfico, já que acabam de ser escolhidas 19 cidades de países que
ainda não estavam representados na rede”, disse a diretora, lembrando que a
Unesco estimulou cidades de países africanos a se candidatar.
Ao ingressar na rede, as cidades
assumem o compromisso de desenvolver e trocar experiências inovadoras de
promoção à indústria criativa e de participação popular nas práticas e
atividades culturais. Além disso, ações de estímulo e preservação das
manifestações culturais locais devem integrar as políticas de desenvolvimento
urbano sustentável.
Repercussões
O governador do Distrito Federal,
Rodrigo Rollemberg, comemorou a inclusão de Brasília como uma conquista obtida,
coincidentemente, no ano que marca os 30 anos do reconhecimento do Plano Piloto
da capital federal como Patrimônio Cultural da Humanidade. Concebido pelo
arquiteto e urbanista Lúcio Costa, o projeto é considerado um marco do
urbanismo contemporâneo e levou Brasília a ser tombada pela Unesco.
“Vamos aproveitar esse novo título
para incrementar ainda mais Brasília como cidade cultural, criativa, turística”,
disse Rollemberg. A candidatura da capital na categoria design havia
sido lançada no início de junho deste ano, mas a proposta de integrar a rede da
Unesco já constava de um plano de desenvolvimento do turismo criativo apresentado
pela secretaria estadual de Esporte, Turismo e Lazer no início do ano passado e
que contém ações públicas a serem desenvolvidas até 2019.
A prefeitura de João Pessoa anunciou
que a integração da capital paraibana à Rede de Cidades Criativas dará mais
visibilidade, credibilidade e mercado para diversas associações de artesãos que
fazem da arte que produzem com as próprias mãos uma alternativa de sustento e
de manutenção da cultura popular.
Ao inscrever a cidade para fazer
parte da rede de cooperação internacional, a prefeitura elaborou um dossiê que
incluía uma carta assinada pelo prefeito Luciano Cartaxo, que se comprometeu a
apoiar, nos próximos anos, as atividades do segmento de artesanato e cultura
popular.
“Esse era um sonho nosso antigo. João
Pessoa vive um momento muito especial de premiações e receber esse título nos
enche de orgulho e motivação para continuar investindo muito na cultura
popular, no artesanato e, principalmente, nos artesãos, nos artistas”, declarou
o prefeito.
Para a secretária de Cultura de
Paraty, Cristina Maseda, o título será muito importante para a pequena cidade
histórica do litoral sul fluminense. “Isso coloca Paraty na rede internacional
de cidades criativas e estimula o setor gastronômico, do produtor até a mesa,
possibilitando o incremento de geração de emprego e renda”.
Da Agência Brasil
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