A América
Latina e o Caribe, juntamente com a Ásia Central, são as duas regiões que
alcançaram paridade de gênero entre pesquisadores em todas as áreas de
conhecimento. A boa notícia, no entanto, esbarra em outros desafios: a pouca
presença de mulheres em posições de liderança, as dificuldades em carreiras em
STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês) e a
acentuada desigualdade racial.
Os dados fazem parte de
pesquisa divulgada hoje (15) como parte do Gender Summit, encontro virtual que
vai até o dia 23 e discutirá a importância feminina na ciência.
No Brasil, as mulheres
são maioria entre os alunos de graduação e doutorado. Apesar disso, a
sub-representação começa no nível da docência universitária e cresce à medida
que os cargos de liderança aumentam e se tornam mais políticos. A Pesquisa
Comparativa sobre Mulheres e Meninas em STEM na América Latina indica que, nos
cargos políticos mais elevados em Ciência e Tecnologia, a representação
feminina não passa de 2%.
Vera Oliveira, gerente
sênior de Educação Superior do British Council, diz que, ao longo da carreira,
as mulheres enfrentam diversas barreiras e falta de incentivos, dentro e fora
da academia, para alcançar posições mais altas. Ela cita como exemplo a rede de
apoio para mães pesquisadoras e lembra que a licença maternidade para alunas de
pós-graduação é uma conquista recente. O British Council é uma das instituições
organizadoras do evento.
Vera sugere que análises
de rendimento sejam feitas a partir de um olhar qualitativo. “Usa-se o [curriculum] Lattes de
uma mulher e de um homem para comparar o rendimento acadêmico: o tanto que
publicaram em certo período. Só se comparava os anos e via quem tinha mais
publicação, então o homem rendia mais.” Desconsiderava-se, portanto, o período
de afastamento por licença. “A mulher é penalizada na produtividade acadêmica
justamente por assumir essa nova responsabilidade.”
Ela também destaca
questões culturais a serem superadas. “Muitas vezes, os perfis de liderança são
muito associados a características masculinas, um perfil que não permite tantas
possibilidades e que está sendo repensado. Liderança pode ser feita de vários
modos”. A gerente diz ainda que muitas mulheres não são incentivadas a ocupar
esses postos ou não se sentem preparadas, mesmo cumprindo os requisitos
exigidos.
As bolsas científicas em
STEM, são 91.103 no Brasil, segundo dados da pesquisa, das quais 58% foram
concedidas a pesquisadores brancos. A participação de pesquisadores negros é de
26% e a de indígenas não chega a 1%. Com o recorte de gênero, entre as
bolsistas, 59% são brancas. As mulheres negras representam 26,8%.
O levantamento mostra
ainda que 17% da população feminina do Brasil, conforme dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2016, concluíram o ensino
superior. Entre os homens, o percentual é de 13,5%. O percentual de mulheres
brancas com diploma é maior, 23,5%. Os alunos matriculados no ensino superior,
de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) 2020, somam mais de 8,4 milhões, sendo 57% mulheres e
43% homens.
"As mulheres são
grandes contribuintes para as publicações no Brasil: 51% dos autores de
publicações científicas são mulheres, enquanto 40% dos 10% dos principais
autores mais produtivos são mulheres.”
Agência Brasil
---------
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |
- - - -
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Coleção As mais belas lendas dos índios da Amazônia” e acesse os 24 livros da coleção. Ou clique aqui.
O autor:
No mecanismo de busca do site amazon.com.br, digite "Antônio Carlos dos Santos" e acesse dezenas de obras do autor. Ou clique aqui.
-----------
|
Clique aqui para saber mais. |
|
Click here to learn more. |
|
Para saber mais, clique aqui. |