Dos sete conselheiros do Tribunal de
Contas de Mato Grosso, cinco foram afastados por Luiz Fux, na decisão que
resultou na ação da PF contra Blairo Maggi e sua turma.
Antonio Joaquim, José Carlos Novelli,
Valter Albano, Sérgio Ricardo e Valdir Teis são suspeitos de dividir um
propinão de 53 milhões de reais.
É mais um tribunal de contas estadual
estourado pela polícia. No início do ano, foi a vez do tribunal de contas do
Rio de Janeiro, que funcionava como agência de despachos da gangue de Sérgio
Cabral.
É preciso dar uma basta nessa situação.
Os parlamentares precisam aprovar a PEC que despolitiza todos os tribunais de
contas do país. Se fossem compostos apenas por técnicos, os tribunais de contas
controlariam as finanças da União, estados e municípios, sem a interferência
das raposas indicadas pelos políticos para vigiar os galinheiros.
O Tribunal de Conta da União só
conseguiu levar adiante a descoberta das pedaladas graças ao trabalho do
procurador Júlio Marcelo de Oliveira e auditores que identificaram a maracutaia
de Dilma Rousseff. Divulgadas pela imprensa, que passou a pressionar o TCU, as
pedaladas causariam o impeachment da petista. Se fosse apenas pela vontade dos
conselheiros do tribunal, indicados por políticos ou políticos eles próprios,
Dilma estaria no Planalto até hoje. Isso dá a medida da importância de
tribunais de contas despolitizados e verdadeiramente independentes.
O Antagonista
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