quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Giordano Bruno e a fogueira do Santo Ofício



17 de fevereiro de 1.600 é uma data fatídica. Neste dia, um herege foi executado no Campo das Flores, em Roma. Giordano Bruno foi aprisionado, torturado e, após dois julgamentos, condenado a morrer na fogueira do Santo Ofício. Seu crime? Acreditar na ideia de que o universo é infinito, de que ao redor de cada estrela gravitam planetas, e na concepção de que cada planeta irradia vida.


Ex monge dominicano, nos oito anos em que padeceu na prisão foi submetido a todo tipo de violência e opressão para que se retratasse, renegando suas convicções. O brutalizaram em vão. A congregação católica não logrou o êxito que obteria, poucos anos depois, com Galileu Galilei. Este, para não morrer na fogueira, teve que, de joelhos, abjurar toda a sua consistente obra científica e filosófica.

A ortodoxia da Igreja Católica de então concebia a terra como um planeta único no universo, resultado da intervenção direta de Deus. Um axioma que – em hipótese alguma – poderia ser questionado.

Mas, Giordano Bruno descortinou, antes da invenção do telescópio, a infinitude do universo. E que na imensidão do cosmos, existia não um, mas um número infinito de planetas. Sendo assim – questionaram os guardiões da fé – “cada planeta teria o seu próprio Jesus? Heresia! Blasfêmia! Sacrilégio! ”.

Suas ideias, formulações e livros foram proibidos, incinerados e incluídos no Index Librorum Prohibitorum, o Índice dos Livros Proibidos. 

Num ato de misericórdia, os condenados, antes de arderem no fogo da santa fogueira, eram estrangulados e mortos. Mas com Giordano Bruno foi diferente. Suas formulações representavam uma ameaça de tal dimensão aos alicerces da doutrina católica que a sentença estabeleceu que morresse diretamente em decorrência das chamas, línguas de fogo e labaredas originárias da fogueira. Seu pecado? Declarar que a terra não era o único planeta criado por Deus.

Este é o esteio de onde emerge a peça teatral “Giordano Bruno, a fogueira que incendeia é a mesma que ilumina”.

A trama se desenrola no intervalo entre a condenação do filósofo italiano e a aplicação da pena de morte. A ficção contextualiza o ambiente de transição entre a baixa idade média e a idade moderna. O ambiente de ‘caça às bruxas’, o absolutismo e o autoritarismo políticos, a corrupção endêmica, o feudalismo e a ascensão da burguesia, a ortodoxia e os paradigmas religiosos, o racionalismo e o iluminismo compõem o substrato por onde se movimentam as personagens da peça.

O conselheiro do papa Clemente VIII, o octogenário Giovanni Archetti, comanda - do Palácio do Vaticano - uma intrincada rede de corrupção e, através dela, planeja desposar a mais bela jovem da Europa, Donabella de Monferrato. A formosa mulher admira e integra um grupo de seguidores de Giordano Bruno. Para convencê-la acerca do matrimônio, o poderoso velhaco tenta ludibriá-la e mente, afirmando que promoverá a revisão do julgamento do famoso filósofo, anulando a pena de morte imposta. Sem ser correspondido, o poderoso Giovanni Archetti ama Donabella, que é amada pelo noviço Enrico Belinazzo, um jovem frade de corpo atlético que, por sua vez, é amado pelo vetusto padre Lorenzo, o diretor do seminário. 

De modo que conflitos secundários são explorados evidenciando os paradigmas da baixa idade média, os fundamentos dos novos modelos, dos novos arquétipos que surgiam em oposição ao poder do imperador do Sacro Império, do Papa e dos reis; o ocaso do feudalismo, suplantado pela burguesia que emerge como a nova classe dominante; a degeneração da política e a degradação moral e dos costumes. 

Adentre este universo povoado por conflitos, disputas, cizânias e querelas. Um enredo que, lançando mão de episódios verídicos da narrativa histórica, ambienta novelos densos e provocativos instigando os leitores a responder se o autoritarismo e a corrupção que vincaram o interim entre os séculos XVI e XVII não seriam equivalentes – em extensão, volume e vilania - aos verificados nos dias de hoje.
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Livro 8 - Panda Zen e os ensinamentos da vovó

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Livro 11 - Panda Zen e as paixões enganosas

Livro 12 - Panda Zen entre a reflexão e a ação 

Livro 13 - Panda Zen e o mais importante

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Livro 16 - Panda Zen e o vaga-lume

Livro 17 - Panda Zen e a busca da identidade

Livro 18 - Panda Zen entre o arbítrio e a omissão

Livro 19 - Panda Zen e o trabalho

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6.    O Curupira

7.    A Galinha Grande

8.    O Guaraná

9.    Iara

10. O Lobisomem       

11. A Mandioca          

12. A Princesa do Lago        

13. Saci Pererê           

14. O Uirapuru

15. O Velho da Praia 

16. O Velho e o Bacurau      

17. A Vitória-Régia    

18. O Açaí        

19. As Amazonas       

20. Mapinguari

21. Matinta Perera     

22. Muiraquitã 

23. O Rio Amazonas

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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

"Plogging" - correndo de maneira legal.

 


Ideia de recolher lixo do chão enquanto se caminha ou corre surgiu na Suécia

Iniciado na Suécia, o "plogging" tem como objetivo beneficiar tanto o meio ambiente quanto o corpo e vem ganhando adeptos em todo o mundo. Mas será que ela ajuda mesmo a resolver o problema global do lixo?

Ouve-se o estrondo de um trovão, mas ainda não há sinal de chuva. Mesmo que ela esteja a caminho, isso não é desculpa. Com tênis de corrida nos pés e luvas e sacola plástica nas mãos, estou pronta para começar a correr e catar lixo do chão.
Mas ir sozinha não tem graça. Por isso pergunto a alguns amigos se gostariam de experimentar essa nova tendência comigo. "Você quer dizer, pegar o lixo de outras pessoas?", responde com uma pergunta minha amiga Petra, mostrando zero entusiasmo.
Eu explico que o plogging é a última moda vinda da Suécia. É uma combinação de jogging com plocke, "catar" em sueco. A ideia é muito simples: se vê um lixo enquanto corre ou caminha, você o cata – bom para seu corpo e para o planeta. Petra não está entusiasmada com a ideia, mas se deixa vencer com um "por que não?" Afinal, ela está sempre reclamando do lixo jogado pelo nosso lindo parque.
Eu também consegui convencer minha amiga Regina e meu marido a se juntarem a nós, mas persuadir minha filha de nove anos se provou mais difícil. Verdade seja dita: ela sequer recolhe as coisas dela no próprio quarto. Eu argumento que correr em grupo vai ser legal, mas ela nem quer saber.
A ideia de correr e ajudar o meio ambiente ao mesmo tempo atrai mais a minha filha de 12 anos. E seu entusiasmo é suficiente para convencer a irmã menor. Logo as duas se equipam e podemos dar a partida.
Da Suécia para o planeta
Vamos nos encontrar no parque Vorgebirgspark, no sul de Colônia. No caminho, eu explico como o ativista ambiental sueco Erik Ahlström começou a correr e catar lixo há dois anos. A mania se espalhou pelo mundo, graças, em grande parte, aos vídeos que viralizaram nas redes sociais.
Da Alemanha ao Chile, passando pelos Estados Unidos e até mesmo a Rússia, gente de todo o mundo está respondendo ao chamado para se encontrar nos parques ou nas ruas das cidades a fim de ajudar a livrar seus bairros do lixo – enquanto se mantêm em forma, é claro.
Meu grupo de novatos não é o único a experimentar a tendência em nossa cidade no oeste da Alemanha. Uma iniciativa chamada Plogging Cologne foi lançado em fevereiro pelas jornalistas e esportistas Anita Horn e Caro Köhler.
Agora a turma tem mais de 350 membros, incluindo ambientalistas, donas de casa, mães com filhos, estudantes e aposentados: um grupo misto, como o nosso. Começamos com uma caminhada pelo parque, vasculhando o chão em busca de lixo e olhando ansiosamente para o céu. O tempo vai se manter? Ou os nossos esforços de responsabilidade cívica serão recompensados com um banho de chuva?
Decidimos nos arriscar e começar a correr. À primeira vista, a grama parece bonita e arrumada, mas há muito lixo nos arbustos. Então, paramos e o apanhamos.
Cidade limpa e corpo são
Minha filha mais velha fica especialmente satisfeita com seu primeiro achado: duas garrafas que podem ser devolvidas em troca do valor do depósito. Sorrindo, ela diz que pode ficar rica com esse esporte. Não demora muito para que nossas sacolas fiquem cheias de tampas de garrafas, lenços, sacolinhas de cocô de cachorro e embalagens plásticas.
Köhler, da Plogging Cologne, relata uma grande variedade de itens – não apenas copos de café, embalagens de doces e jornais velhos, mas também fraldas, panelas velhas, sapatos, partes de bicicletas e até mesmo cadeiras de escritório. O grupo organiza previamente o descarte com empresas de reciclagem, que esperam no fim da corrida para coletar o lixo.
Um grupo de gente correndo e carregando sacos de lixo entre os arbustos faz alguns franzirem o cenho. Outras reações dos transeuntes vão desde a curiosidade até mensagens de parabéns. Um casal assistindo a um jogo noturno de badminton até pergunta se pode se juntar a nós na próxima vez.
Graças a meu marido, que é cientista esportivo, descobrimos também que o plogging é um treino mais completo do que simplesmente correr. "Quando a gente se curva para pegar o lixo no chão, está exercitando alguns músculos das pernas que normalmente não usa quando está só correndo", explica.
Uma pequena ajuda já basta?
Após cerca de uma hora, terminamos. Nossas bolsas estão cheias e o parque está um pouco mais limpo. Não está tudo perfeito, mas Regina está feliz com a mudança positiva. Petra admite que não é tão difícil levar uma pequena sacola consigo para pegar o lixo, sempre que for caminhar ou correr.
Mas minha filha de 12 anos parece preocupada: "Nosso mundo deve ser mantido saudável para os próximos 100 anos. Mas, com todo esse lixo plástico produzido todos os dias, as coisa não parecem boas para nós, crianças".
Plogging é, claro, uma contribuição pequena, frente aos enormes problemas ambientais. Alexander Heyd, da União da Natureza e Conservação da Biodiversidade da Alemanha (NABU), concorda com as preocupações da minha filha: o plogging é uma moda que logo passar, e precisamos nos concentrar ainda mais na redução do uso de embalagens plásticas.
Britta König, da organização ambiental WWF da Alemanha, apoia a mania do plogging, mas ressalta que a coleta de lixo não precisa ser feita apenas durante a corrida. Mas não só os consumidores precisam agir contra o problema da poluição plástica, também empresas e fabricantes devem ser responsabilizados pela gestão de seus próprios resíduos, afirma.
Contudo, mesmo que a moda acabe sendo de curta duração, Köhler, do Plogging Colônia espera que ela faça com as pessoas pensarem de forma diferente sobre o lixo.
Quando estávamos fazendo nosso caminho pelo parque, comecei a pensar sobre os meus hábitos. Eu considerei o que deveria comprar a fim de levar a menor quantidade de embalagem possível para casa. E fico feliz que minhas filhas também estejam sendo levadas a refletir sobre esses problemas.
Depois de uma hora correndo no parque e coletando lixo, elas também vão parar de jogar as coisas delas pelo chão – será?
Deutsche Welle


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