Nesta crise do coronavírus, a Ancine e o BNDES
fecharam uma linha de crédito para investimentos da indústria do cinema
(produtores, distribuidores e exibidores) da ordem de 350 milhões de reais.
O
recurso do Fundo Setorial do Audiovisual é visto como a salvação do setor que
foi um dos primeiros a fechar por causa da pandemia e deverá ser um dos últimos
a retornar as atividades pelo mesmo motivo.
O
problema no anúncio do socorro divulgado pelo governo é que o dinheiro
carimbado no BNDES travou na burocracia do governo de Jair Bolsonaro.
O presidente transferiu a Secretaria
de Cultura do Ministério da Cidadania para a pasta do Turismo, mas não publicou
o decreto que transfere formalmente os cargos e funções de uma pasta para outra.
Fontes do setor do cinema receberam a informação de
dentro da Secretaria Especial da Cultura, comandada por Regina Duarte, de que o
decreto só será assinado quando a secretária montar definitivamente a sua
equipe.
Como a
escolha dos nomes virou uma guerra ideológica entre olavetes e técnicos do
setor, o socorro financeiro não sai. “Se demorar muito mais a disputa, o setor
pode desaparecer com demissões e fechamentos. Nunca a Cultura nacional foi tão
desprestigiada”, diz um interlocutor que conhece a crise da indústria.
Para liberar os recursos do BNDES, é preciso uma
reunião do Comitê Gestor do Fundo Setorial que só o ministro da Cidadania, Onyx
Lorenzoni, pode convocar — enquanto o decreto de transferência dos cargos da
sua pasta para o Turismo não for assinado.
Como
Onyx perdia tempo até outro dia conspirando contra o colega da Saúde, o agora
ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, é de se esperar que agora ele resolva
cumprir suas obrigações com a Cultura.
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