sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Festival do Rio se firma como maior plataforma de lançamento de filmes nacionais


“Bicho são todos, doutora, todos. A polícia, o tráfico, eu, você, todo mundo é bicho. Então não te preocupa não, que essa porrada aqui não ficou à toa, não.”
A fala é da personagem Gloria, uma ascensorista negra com histórico de violência na família e estupro pelo próprio pai, que procura ajuda em um consultório popular de psicanálise e é atendida por Camila, jovem portuguesa branca que está no Brasil fazendo pós-graduação. As duas personagens fazem parte do filme Praça Paris, longa-metragem da diretora Lucia Murat, uma das produções mais aguardadas na Première Brasil do Festival do Rio, que começou ontem.
Roteirizado em parceria com o escritor de suspense Raphael Montes, que apresenta o programa Trilha de Letras, na TV Brasil, a estreia de Praça Paris está prevista para o sábado (7), às 19h. No domingo (8), às 13h, haverá uma sessão especial, no Cine Odeon, no centro, com debate entre a diretora e as atrizes Grace Passô, que interpreta Glória, e Joana de Verona, que vive Camila.
Segundo a diretora, o thriller parte de fatos reais e discute o distanciamento da classe média da violência do cotidiano dos mais pobres. O medo do “outro” é a chave do filme que conta com jovens alunas de psicologia desenvolvendo um “medo crônico de pobres”, ao se depararem com a dureza dos relatos de pacientes, de injustiças a homicídios.
“A questão da violência sempre me interessou por ter sido parte da minha vida, já que vivi os horrores da ditadura brasileira”, disse Lucia Murat. Praça Paris, no entanto, vai além. “Trabalha o medo e a paranoia numa relação entre duas pessoas com histórias e classes sociais diferentes”, completou.
Com o slogan, “Aqui você vê o mundo”, o Festival do Rio 2017 exibirá 250 filmes, entre 5 e 15 de outubro, de mais de 60 países, divididos em 15 mostras e mais de 20 salas. Paralelamente, haverá seminários, workshops e debates com os realizadores.
Este ano, a Première Brasil, mostra em que se insere o Praça Paris, bate recorde e já se consolida como maior plataforma de exibição do cinema nacional, segundo um dos diretores do Festival do Rio 2017, Marcos Didonet.
Serão 75 filmes em cartaz, entre curtas e longas. O público poderá votar no melhor. “Este ano, o festival é marcado por uma conquista importante. O festival do Rio se transformou na maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro. São filmes da safra de 2016 que estreiam agora. Recebemos um número enorme de inscritos e vimos que tínhamos que ampliar as mostras”, disse Didonet. Nas edições anteriores, eram de 20 a 25 filmes.
Ainda no quesito dramas nacionais, deve disputar o Troféu Redentor com o filme de Lucia Murat a produção Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira. Com Maeve Jinking no elenco, estrela do premiado O Som ao RedorAçúcar revolve o passado escravocrata brasileiro ao voltar a um antigo engenho, em Pernambuco.
O pernambucano Fernando Weller abre a Première Brasil com o documentário Em nome da América. O filme retrata a controversa presença de jovens norte-americanos no Nordeste brasileiro, durante a ditadura-civil-empresarial-militar. O diretor se apoia em material de arquivo e documentação histórica para trazer à tona o medo das elites de que o Nordeste se tornasse “uma nova Cuba” e a influência dos Estados Unidos na América Latina.
Os cinéfilos poderão também ver novos trabalhos de diretores consagrados como Roman Polanski (Based on a true Story), Woody Allen (Roda Gigante), Faith Akin (Em pedaços e Tschick), além de Guillermo Del Toro, cujo filme A Forma da Água abre o festival, hoje, às 19h, em uma sessão de gala no Odeon. O diretor mexicano acaba de vencer o Leão de Ouro no Festival de Veneza com o filme, uma fábula ambientada na década de 1960, em plena Guerra Fria.
Filmes LGBT
Uma das novidades deste ano é o programa Felix Apresenta: Clássicos do Queer Britânico. A mostra comemora os 50 anos do fim do tratamento da homossexualidade como crime no Reino Unido. Três clássicos dos anos 80 e 90 estão na programação: Eduardo II, de Derek Jarman, Orlando – A mulher imortal, de Sally Porter, além de Minha Adorável Lavanderia, de Stephen Frears. Na mostra Felix, de temática LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), há quatro anos na programação oficial, estão 32 longas e quatro curtas sobre a temática da identidade de gênero.
“Parece que o mundo anda meio que retrocedendo em algumas questões e tem também esses comportamentos da sociedade em relação à liberdade de expressão. O cinema vem para combater isso [o retrocesso] e mostra que é importante seguir rumo à modernidade”, acrescentou Didonet, ao falar sobre a Felix e esclarecer que o tema LGBT também aparece em outras mostras.
Outra inovação é a Mostra VR: realidade virtual. O festival abre espaço para o público conhecer a nova tecnologia em obras de ficção, documentários, animações e jogos.

Da Agência Brasil

_____________

A arte de escrever bem


Escrever é uma necessidade vital, um fundamento sem o qual a comunicação perde em substância.
Os desafios do dia a dia exigem intensa troca de mensagens, seja nas redes sociais, seja nas corporativas: relacionamentos pessoais, correio eletrônico, elaboração de projetos e relatórios, participação em concursos e processos seletivos, negociações empresariais, tratados corporativos, convenções políticas, projetos literários... Tarefas que se tornam triviais, textos que se tornam mais adequados e elegantes quando as técnicas para a elaboração da redação criativa se encontram sob inteiro domínio. E não é só. Escrever está umbilicalmente vinculado à qualidade de vida, à saúde, ao bem-estar.
É o que comprova estudo realizado pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. Os pesquisadores chegaram à conclusão que a prática da escrita atua na redução dos hormônios vinculados ao estresse, melhora o sistema imunológico, auxilia na recuperação do equilíbrio físico e emocional.  
Este livro disponibiliza uma exclusiva metodologia para a elaboração do texto criativo. Destina-se aos que tenham interesse em aprimorar a expressão através da escrita: trabalhadores e servidores públicos, gestores que atuam nos setores privado e estatal, empresários e empreendedores, lideranças políticas e sociais, professores e estudantes, sem perder de vista as pessoas comuns, o público em geral, porque qualificar as formas de interagir com o outro deve ser um objetivo estratégico acolhido por todos.     
A utilização da técnica ‘Moving Letters’ possibilita que a atividade ‘escrever bem’ se coloque ao alcance de qualquer um. O método, ancorado nos princípios do planejamento estratégico – de maneira gradual e progressiva – conduz o leitor pelos universos que podem levá-lo à carreira de escritor.  Caso a opção seja escrever um livro, por exemplo, a metodologia auxilia na definição dos temas, na estruturação das tramas, na caracterização das personagens, na coesão do enredo, na consistência dos conflitos, na lapidação do texto, desenvolvendo as habilidades necessárias para a elaboração da adequada escritura.
Fluência à escrita e qualidade à redação são as molas propulsoras que impulsionam o livro, são os objetivos possibilitados pela aplicação da metodologia. Como fundamento, um tripé harmoniosamente organizado: a linguística, a estruturação e análise do discurso e as técnicas de elaboração de textos criativos. 
Para adquirir o seu exemplar, clique aqui.



 ___________________


Para saber mais sobre o livro, clique aqui.


___________________


Para saber mais sobre o livro, clique aqui.