domingo, 13 de maio de 2018

Cultura africana é tema de homenagem na Câmara dos Deputados


A tradição das raízes de matrizes africanas e nações do candomblé foram homenageadas na terça-feira (21) em sessão solene na Câmara dos Deputados.
A homenagem foi solicitada pelo deputado Vicentinho (PT-SP), que justificou a importância da cerimônia como forma de combate à intolerância religiosa. “Eu aprendi que ser diferente não significa nada a não ser a riqueza da nossa vida, da nossa vivência. Fui às comunidades da umbanda e do candomblé e fui muito bem recebido”, relatou. Esta experiência, disse o deputado, garantiu que ele deveria lutar contra o preconceito. “Ninguém é melhor do que ninguém. E nenhuma religião é melhor do que a outra”, concluiu.
Já o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) lamentou a ausência da maioria dos deputados no Plenário, pois seria uma boa oportunidade para desmitificar mentiras sobre candomblé e a umbanda. “Mas eu sei que a TV Câmara transmitiu esse momento e espero que outras pessoas possam aprender com essa homenagem tão especial”, completou.
Contexto
A prática do candomblé já foi proibida no Brasil por ser considerada um ato criminoso. Naquele tempo, adeptos da religião foram perseguidos e até presos pela polícia. Além disso, já foi considerada uma religião apenas dos negros, restrita basicamente aos estados da Bahia e de Pernambuco.
No entanto, hoje, o candomblé está consolidado em todo o País. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que cerca de 3 milhões de brasileiros são adeptos da religião. O número equivale a 1,5% da população.
Projeto em tramitação
Em reconhecimento à influência da cultura e das religiões de origens africanas, segue em tramitação, na Câmara, Projeto de Lei [PL 3551/15] que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.
O objetivo da data é contribuir para a preservação da cultura africana no País. A proposta também é de autoria do deputado Vicentinho e segue em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:


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