sexta-feira, 16 de julho de 2021

O retorno do obscurantismo nas áreas sob controle do Talibã



Dias depois de assumir o controle de um distrito isolado na província de Tajar, no norte, o Talibã informou o imã local sobre as novas regras: barba obrigatória para homens e tutela para as mulheres.

 

"As mulheres não podem ir ao mercado sem acompanhante masculino e os homens não podem raspar a barba", disse a carta enviada ao imã pelo Talibã, revelou Sefatullah, de 25 anos, morador do distrito de Kalafgan.

Desde que as forças estrangeiras começaram sua retirada final no início de maio, o Talibã apreendeu grandes áreas rurais, bem como postos de fronteira importantes com o Irã, Turcomenistão e Tadjiquistão.

Eles se estabeleceram sobretudo em áreas do norte - como a província de Tajar - que nunca puderam controlar quando governaram entre 1996 e 2001 e que, portanto, estiveram isentos da interpretação rigorosa da Sharia (lei muçulmana).

O primeiro posto de fronteira importante, tomado em junho, foi o de Shir Khan Bandar, na fronteira com o Tadjiquistão, uma passagem importante para o comércio com a Ásia Central.

"Após a queda de Shir Khan Bandar, o Talibã ordenou que as mulheres não saíssem de casa", disse Saieda, 24, que trabalhava em uma fábrica na cidade.

"Muitas mulheres e adolescentes trabalhavam bordando, costurando ou fazendo sapatos (...) Essa ordem nos apavorou", comentou à AFP por telefone.

Vício e virtude

Quando estavam no poder, antes de serem depostos no final de 2001 por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, o Talibã impôs sua versão particularmente rígida da Sharia.

Jogos, música, fotografias e televisão foram proibidos.

Ladrões tiveram suas mãos cortadas, assassinos foram executados em público e homossexuais foram assassinados.

As mulheres foram proibidas de sair de casa sem acompanhante, bem como de trabalhar, e as meninas de frequentar a escola. Mulheres acusadas de crimes como adultério foram açoitadas e apedrejadas até a morte.

Os homens eram obrigados a usar barbas compridas e comparecer às orações sob pena de serem espancados, além de serem obrigados a usar roupas tradicionais.

Esta semana, um comunicado atribuído ao Talibã circulou nas redes sociais, ordenando aos moradores das áreas tomadas que casassem suas filhas e viúvas com combatentes do movimento.

Este texto reavivou a memória dos decretos do ministério para a Promoção da Virtude e Repressão ao Vício que fizeram de seu regime um reinado de terror.

O Talibã, tentando projetar uma imagem mais moderada à medida que controla mais territórios e se aproxima de uma eventual tomada de poder, negou estar por trás da declaração, chamando-a de propaganda.

'Valores islâmicos'

"É uma acusação infundada", disse Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã. "São rumores espalhados por meio de documentação falsa".

Mas os habitantes das áreas recentemente conquistadas confirmam que parecem ter voltado aos velhos tempos.

Em Yawan, um distrito da província de Badakhshan, outro onde nunca puderam pôr os pés, os insurgentes reuniram a população em uma mesquita e imediatamente impuseram regras rígidas sobre eles.

"Todos devem usar turbante e nenhum homem pode fazer a barba", disse Nazir Mohamad, 32, à AFP. "As meninas que frequentam a escola após a sexta série (11 a 12 anos) estão proibidas de retornarem às aulas".

O Talibã prometeu repetidamente que, se voltasse ao poder, respeitaria os direitos humanos, especialmente das mulheres, de acordo com os "valores islâmicos". Mas existem diferentes interpretações no mundo muçulmano. Algumas áreas do país são tradicionalistas, mesmo sem a influência do Talibã.

Saieda preferiu não esperar para saber mais sobre as verdadeiras intenções do Talibã. Dias depois de sua chegada, fugiu para Kunduz, uma grande cidade no nordeste do Afeganistão.

"Jamais poderíamos trabalhar em um local controlado pelo Talibã. Portanto, partimos”, concluiu.

Hakim HASAS, AFP 


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