quinta-feira, 7 de julho de 2016

A Inocência do Que Eu (Não) Sei


Montagem com estética lúdica e poética tem dramaturgia assinada por Evill Rebouças. Peça foi indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem como melhor espetáculo e Prêmio Especial pela pesquisa em escolas públicas de Heliópolis.
A Companhia de Teatro Heliópolis apresenta o espetáculo A Inocência do Que Eu (Não) Sei, na Casa de Teatro Maria José de Carvalho, no bairro Ipiranga. A montagem – com direção de Miguel Rocha e dramaturgia de Evill Rebouças – segue até 31 de julho, com ingressos a R$ 5,00.
O espetáculo é resultante do projeto Onde O Percurso Começa? Princípios de Identidade e Alteridade no Campo da Educação, que envolve uma intensa pesquisa teatral e de campo em três escolas públicas de Heliópolis, viabilizado pela Lei do Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. O processo contou com a colaboração Alexandre Mate como provocador de teatro épico e de Carminda André como provocadora de teatro performático.
O enredo apresenta quatro trajetos que mostram os desejos e as contradições de pessoas em busca de aprendizagem: o Menino Rapaz que vence; a Feliz Mulher que se adapta; o Caminhante em busca do saber; e a Mulher que come maçã. De modo poético e irônico a peça extrapola o universo escolar para discutir relações humanas mediadas por dispositivos de controle social e econômico.
Ainda que tenha o universo escolar como tema, a peça vai para além do caráter arqueológico encontrado em campo, pois traz para a cena personagens que vivem situações de aprendizado na vida. Assim chega à cena um painel que revela as humanidades de personagens. O diretor Miguel Rocha explica que “a experiência dos atores está em cena e mostra o que eles querem dizer ao mundo a partir do tema escolhido”.
O Menino Rapaz que vence (David Guimarães) é um jovem ingênuo que vive as primeiras experiências na escola. Seu perfil é o do garoto ‘certinho’ que passa a reproduzir os parâmetros sociais que vivenciou. A Feliz Mulher que se adapta (Klaviany Costa) registra fortes experiências diante das ‘pauladas’ e dos traumas vividos, restando-lhe apenas adaptar-se e moldar a sua personalidade para sobreviver em um sistema educacional perverso.
O Caminhante em busca do saber (Donizete Bomfim) é um andarilho que vem, provavelmente, do sertão nordestino. Ele entende sua vida mais pela experiência que pela educação formal. Seu pai, um homem simples, dizia-lhe que ‘precisava correr em busca do saber’. O percurso da Mulher que come maçã (Dalma Régia) não é apresentado somente pela dramaturgia da fala. São as ações que traçam sua trajetória e geram seu discurso. Nos “movimentos” dessa personagem o espectador se depara com as questões da mulher que tem sede pelo conhecimento popular em detrimento do conhecimento acadêmico.
A encenação usa de expedientes épicos e performáticos para construir as cenas aos olhos do espectador. Cada elemento apresentado tem como elo os “movimentos” seguintes de cada trajetória, sendo apresentados por códigos sonoros descritos, alternadamente, pelos atores. Evill Rebouças – que atuou em conjunto com a Cia. de Teatro Heliópolis desde a escrita do projeto – explica que escolheu apresentar a estrutura da peça como uma obra musical e seus vários movimentos. E ainda argumenta que a dramaturgia se apoiou nas questões propostas pelos atores, em suas provocações, juntamente com as importantes contribuições de partituras corporais e musicais de Lucia Kakazu e William Paiva, respectivamente. “O meu papel foi tecer narrativas e criar figuras que pudessem juntar as contribuições do coletivo, criando outras camadas estéticas e ideológicas para as ações soltas e fragmentadas que chegavam”.
Ficha técnica
Espetáculo: A Inocência do Que Eu (Não) Sei
Criação em processo colaborativo
Com a Companhia de Teatro Heliópolis
Dramaturgia: Evill Rebouças
Direção: Miguel Rocha
Assistente de direção e preparação corporal: Lucia Kakazu
Direção musical e preparação vocal: William Paiva
Elenco: Dalma Régia, David Guimarães, Donizete Bomfim e Klaviany Costa.
Músicos: William Paiva (piano), Fabio Machado (violoncelo) e Giovani Liberato (guitarra e sonoplastia).
Cenário e figurino: Clau Carmo
Iluminação: Toninho Rodrigues
Provocação – teatro épico: Alexandre Mate
Provocação – teatro performático: Carminda André
Colaboração no processo provocativo: Diego Marques, Luciano Mendes de Jesus, Fabiana Monsalú, Rose Akras e Maria Fernanda Vomero.
Direção de produção: Dalma Régia
Designer gráfico: Camila Teixeira
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena
Serviço 
Temporada: 18 de junho a 24 de julho
Local: Casa de Teatro Maria José de Carvalho
Endereço: Rua Silva Bueno 1533, Ipiranga/SP. Tel: (11) 2060-0318
Gênero: Drama. Duração: 90 min. Classificação: 14 anos
Ingressos / preço ÚNICO: R$ 5,00 (Bilheteria: 1h antes das sessões)
Horários: sábados (às 20 horas) e domingos (às 19 horas)
80 lugares. Não possui acessibilidade, estacionamento e ar condicionado.
Do Jornal de Teatro
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