terça-feira, 21 de março de 2017

Caixa 1, ou caixa 2, ou caixa 3: CRIME!!!


Nos três anos, a luz de alerta
'Não existe essa história de caixa 1, ou caixa 2, ou caixa 3. Se vier de dinheiro ilícito, constitui-se em ilícitos previstos na legislação penal' Cármen Lúcia Presidente do Supremo Tribunal Federal 'Basta uma noite no Congresso Nacional que toda uma investigação pode cair por terra' Carlos Fernando dos Santos Procurador Regional da República 'O sistema, creiam em mim, é feito para não funcionar; é feito para produzir prescrições' Luís Roberto Barroso Ministro do Supremo Tribunal Federal
No 3º aniversário da Lava-Jato, a presidente do STF, Cármen Lúcia, disse que caixa 2 é crime e criticou o debate sobre anistia: 'Não existe essa história de caixa 1, caixa 2 ou caixa 3. Se vier de dinheiro ilícito, está previsto na legislação penal.' Procuradores alertaram para 'órgãos que tentam impedir' a operação. -RIO E CURITIBANo terceiro aniversário da operação que abalou o país, o cenário é de alerta máximo. Enquanto políticos buscam anistiar crimes apontados pela Lava-Jato e mudar as regras do jogo eleitoral, a reação da força-tarefa foi uníssona, em Curitiba, e mostrou os riscos das ações que estão sendo discutidas no Congresso. No Rio para participar do fórum 'E agora, Brasil?', promovido pelo GLOBO em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, voltou a criticar os fundamentos de um possível acordão para livrar investigados de crimes eleitorais:
Não existe essa história de caixa 1, ou caixa 2, ou caixa 3. Se vier de dinheiro ilícito, constitui-se em ilícitos previstos na legislação penal. E tudo que for ilícito e crime tem de ser apurado e punido.
Em entrevista coletiva para marcar os três anos da Lava-Jato ontem, em Curitiba, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a operação 'chegou a um momento de culminncia' e alertou sobre 'órgãos que tentam impedila'. Segundo o procurador, 'há tentativas de derrubar a Lava-Jato', e a população precisa ficar atenta a isso.
A classe política tentou, no fim de 2016, passar projetos de anistia, de responsabilização
de procuradores (...). Temos boa parte do Legislativo e do Executivo contra a investigação. Temos órgãos que tentam impedi-la. É um momento de felicidade, mas de muita tensão, de muito cuidados ? disse Carlos Fernando. Basta uma noite no Congresso Nacional que toda uma investigação pode cair por terra alertou.
Coincidentemente, os três anos da Lava-Jato vieram na mesma semana em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou 83 pedidos de abertura de inquérito ao STF baseados na delação da Odebrecht, a mais extensa de todas feitas desde o início da operação e que pode atingir mais de cem políticos com foro privilegiado.
Em entrevista para Jorge Bastos Moreno na rádio CBN, Cármen também defendeu uma consulta pública para discutir a reforma política. O sistema brasileiro precisa ser repensado. Está na hora de cumprirmos o artigo 14º da Constituição, que estabelece como mecanismo de participação direta do povo o referendo e o plebiscito. O artigo 1º diz que o povo é soberano. Logo, ele que deve decidir em última inst-ncia afirmou a ministra.
Também no Rio, outro ministro do STF falou sobre corrupção no dia do aniversário da LavaJato. Em aula inaugural do curso de Direito da PUC-Rio, Luís Roberto Barroso criticou o foro privilegiado:
O STF leva, em média, um ano e meio para receber uma denúncia; um juiz de 1º grau leva, em média, 48 horas. O sistema, creiam em mim, é feito para não funcionar; é feito para produzir prescrições. E ele produz. Claro que pontualmente alguém é punido aqui e ali. Mas, desde que o Supremo passou a julgar parlamentares, já prescreveram mais de seis dezenas de casos.
Em Curitiba, ao responder sobre casos concretos que podem impedir acordos de cooperação internacional na Lava-Jato, o procurador Carlos Fernando citou que o Tribunal de Contas da União (TCU) tem uma 'visão equivocada' sobre os pedidos de leniência e que isso 'vai impedir que esses acordos sejam celebratica, com o poder Executivo'.
O procurador fez referência a uma decisão do TCU que altera a forma de negociação de acordos de leniência para impedir o que seria 'favorecimento' das empresas. A decisão impede que o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) suspenda processos de investigação contra empresas que têm interesse em firmar acordos de leniência. Para ele, isso pode 'tornar inviáveis os futuros acordos firmados pela Lava-Jato porque vai punir as empresas que colaborarem'.
Ao lado de Carlos Fernando, o procurador Deltan Dallagnol criticou o 'foro privilegiado sem paralelo no mundo' e disse que a sociedade não pode colocar responsabilidade excessiva sobre o Judiciário.
Ele citou o caso da operação Mãos Limpas, na Itália, onde, logo após o seu término, os índices de corrupção se mantiveram os mesmos ou aumentaram. Segundo ele, a pressão da população arrefeceu. Se a Lava-Jato não for ampliada para outros níveis além do federal, diz o procurador, a tendência é de ser apenas um 'ponto fora da curva' que não modifica o padrão de corrupção:
Na Itália houve esperança excessiva no Judiciário. É preciso aprender com os erros alheios do que permanecer no mesmo erro.
A cooperação internacional pautou a coletiva dos representantes da Lava-Jato, que teve a participação de Vladimir Aras, secretário de Cooperação Internacional da ProcuradoriaGeral da República (PGR), e do representante da Unidade de Inteligência do Serious Fraud Office, do Reino Unido, Marc Brown, que elogiou a Lava-Jato.
Deltan disse que houve cooperação entre a Lava-Jato com mais de um quinto dos países do mundo nesses três anos e que foram repatriados o montante recorde de R$ 756,9 milhões de vários países nos últimos três anos valor muito maior do que os R$ 45 milhões que haviam sido repatriados ao Brasil via acordos internacionais em toda a sua História. 
A Lava-Jato significa um rompimento do ciclo de corrupção no país disse Deltan, que disse não saber o que mudou no país. ? É apenas um ponto fora da curva ou significa que o país vai trilhar em trilhos menos corruptos?
Cármen e Barroso não são os únicos ministros a falar sobre foro. Celso de Mello já fez críticas ao alcance do benefício:
A Constituição, pretendendo ser democrádos foi aristocrática na prerrogativa de foro. Eu pessoalmente sou contra.
Relator da Lava-Jato na Corte, Edson Fachin sugere que o foro exista apenas para crimes praticados no exercício do mandato:
Eu, já de muito tempo, tenho subscrito uma visão crítica do chamado foro privilegiado, por entendê-lo incompatível com o princípio republicano, que é o programa normativo que está na base da Constituição brasileira.
Depois da manifestação dos dois colegas, o ministro Gilmar Mendes disse, em março, que o foro deve ser mantido como mecanismo de "preservação da institucionalidade'. O envio de casos de autoridades para a 1ª inst-ncia não resultará em eficiência nos processos:
Não se pode, em mecanismo de auto engodo (sic), descobrir que o problema da Justiça Criminal está na prerrogativa de foro.
Amanda Audi, colaboraram Juliana Castro, Gabriel Cariello e Maurício Ferro. O Globo

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O teatro greco-romano




A cultura greco-romana constitui a base da civilização ocidental.

É impossível ao homem contemporâneo projetar seus passos em direção ao futuro sem antes mergulhar neste extraordinário passado, nos valores e paradigmas que – estruturados na antiguidade clássica – moldam sua forma de ser, agir e pensar.

Conhecer, portando, como os gregos e romanos estabeleciam suas relações políticas e socioculturais, nada mais é que desbravar o oceano fecundo e profundo onde repousam nossas origens e universo interior.

Mais estimulante é estabelecer essa abordagem adotando o teatro como linha mestra, como fio condutor dessa jornada histórica, dessa aventura épica.

Antecedendo as peças teatrais, conceitos e relevantes informações auxiliam o leitor na empreitada. Atuam como um mapa do caminho, uma singela bússola, providencialmente disponibilizados para assegurar a tranquilidade da viagem.   

A Coleção Teatro greco-romano conta com quatro volumes. São quatro livros, quatro peças teatrais que abordam treze das mais importantes lendas da mitologia antiga:

Livro 1: O mito de Sísifo;
Livro 2: O mito de Midas;
Livro 3: A Caixa de Pandora; e
Livro 4: O mito de Édipo.

O conjunto permite compreender o universo peculiar da cultura greco-romana. Seus mitos, o imaginário coletivo, as relações políticas e de poder, as tramas e as tragédias antigas... É o universo clássico repercutindo diuturnamente a máxima de que os tempos são outros, os séculos e milênios prosperam, mas os valores individuais e coletivos, com ligeiras variações, permanecem, quase sempre, inalterados. 

As 13 mais belas lendas da mitologia clássica
As 13 lendas da mitologia greco-romana abordadas nas quatro peças teatrais:
1.  Saturno;
2.  Júpiter;
3.  Vulcano;
4.  Baco;
5.  Sileno;
6.  Minerva;
7.  Apolo;    
8.  Sísifo;
9.  Midas;
10. Prometeu;
11. Pandora;
12. Édipo e Jocasta;

13. Eteócles, Polinice e Antígona

Os quatro volumes da coleção estão disponíveis para vendas aqui.