segunda-feira, 10 de julho de 2017

"Tesouros" da modernidade chegam ao Brasil com Picasso, Miró e Dalí

EFE/Sebastião Moreira
Os "tesouros" da modernidade foram redescobertos no Brasil com 59 obras sobre papel de alguns dos artistas que marcaram este período, entre eles os grandes nomes da pintura espanhola Pablo Picasso, Joan Miró e Salvador Dalí.
Mas o nascimento da modernidade não poderia ser entendido sem Edgar Degas (1834-1917), um dos grandes artistas da história e que também traçou suas famosas bailarinas em carvão sobre papel de decalque.
A sua obra "Duas bailarinas" (1890) é uma das peças que compõem a exposição Tesouros da Coleção Fundação MAPFRE - Obras sobre papel", um conjunto de obras compreendidas entre o século XIX e metade do século XX que levou até São Paulo a essência da modernidade sobre o papel.
"O papel é muito frágil, é a parte mais delicada da arte", explicou à Agência Efe Leyre Bozal, conservadora da Fundação Mapfre.
A fragilidade e a delicadeza deste material é resumida em a 'Jovem Adormecida' (1909), de Egon Schiele, uma criação cheia de "ternura" e que reforça a ideia de que "a mulher é a nova protagonista da modernidade", segundo Bozal.
A mulher também é a inspiração de 'Mademoiselle Léonie' (1910) - Crayon e tinta sobre papel de 64,3 x 49,5 centímetros -, um importante desenho de Picasso que a fundação comprou há alguns anos da família do pintor por mais de 1 milhão de euros.
'Mademoiselle Léonie' é um dos exemplos mais claros do cubismo analítico e um dos três desenhos expostos do pintor malagueño, "um monstro capaz de fazer tudo".
"Picasso é tudo ao mesmo tempo e isso é o que o transforma em um gênio", explicou Bozal durante a inauguração, realizada na terça-feira no Museu Lasar Segall, na capital paulista.
Com um espírito plenamente vanguardista, a exposição adentra nas tendências mais avançadas da arte contemporânea: o dadaísmo de Charchoune, Picabia e Schwitters e o surrealismo de Óscar Domínguez, Joan Miró e Salvador Dalí.
Em tinta sobre papel, Dalí (1904-1989) desenha a "Solitude mentale" (1932), no qual o gênio catalão incorpora o relógio, motivo crucial no universo do pintor e que tinha produzido um grande impacto ao aparecer na 'A Persistência da Memória '(1931), uma das obras mais aclamadas do surrealismo.
Os desenhos de Dalí convivem na mesma sala com três obras de seu contemporâneo Joan Miró, que fazem parte da coleção permanente que a Fundação Mapfre dedicou ao mago da arte contemporânea.
"A Mapfre tem uma tradição importante de impulsionar os investimentos em cultura, é importante dentro da nossa estratégia aqui no país", segundo explicou à Agência Efe o presidente da Mapfre no Brasil e representante da Fundação, Wilson Toneto.
A partir do círculo parisiense de André Breton, o surrealismo permaneceu na cultura espanhola durante muitos anos, tal como se vê nas formas puras e primitivas de Julio González e Alberto Sánchez, bem como nas primeiras obras de Antoni Tapies (1923-2012), que acabou sendo "informalista".
A coleção termina na metade do século XX, "onde as disciplinas começam a se misturar" e "a arte se transforma emm outra coisa", de acordo com Bozal.
Nessa época o limite entre os gêneros artísticos parece se diluir em um universo criativo que mistura desenho com pintura, escultura com ação e arquitetura.
Um exemplo disso está no desenho de Eduardo Chillida incluído na exposição, que combina a qualidade do desenho propriamente dito com as qualidades de escultura do ferro e da madeira.
A exposição, que estará em cartaz em São Paulo até 23 de agosto, também inclui obras de Gustav Klimt, Matisse, Paul Klee, George Grosz e Alexander Archipenko, entre outros.
Por Alba Santandreu, da EFE


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