Em Roma, o
julgamento de Bruno durou oito anos, durante os quais ele foi preso, por
último, na Torre de Nona. Alguns documentos importantes sobre o julgamento
estão perdidos, mas outros foram preservados e entre eles um resumo do
processo, que foi redescoberto em 1999. As numerosas acusações contra Bruno,
com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas, incluíam
blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria de teologia dogmática e envolvia
algumas das doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista
estas acusações feitas contra Bruno pela Inquisição Romana:
- sustentar opiniões contrárias à fé católica e contestar seus ministros;
- sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação;
- sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como Cristo;
- sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus;
- sustentar opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a Transubstanciação quanto a Missa;
- reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades;
- acreditar em metempsicose e na transmigração da alma humana em brutos, e;
- envolvimento com magia e adivinhação.
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