O bloco afro Olodum completou hoje (25) 38 anos de
fundação. O aniversário foi marcado pela assinatura de termo de compromisso com
o governo da Bahia para criação do acervo digital do Centro de Documentação e
Memória do Olodum. A partir da digitalização, imagens, áudios e documentos do
bloco estarão disponíveis online em um portal na internet.
No total, 234 mil peças devem compor o acervo digital do
Olodum, como adereços, abadás, livros, documentos, fitas cassete e vídeos que
narram a trajetória do bloco, além de discos de ouro, troféus, medalhas e
homenagens recebidas em vários países.
O termo foi assinado pela secretária de Promoção da
Igualdade Racial da Bahia, Fábia Reys, e pelo presidente do Olodum, João Jorge
Rodrigues.
“É uma ação extremamente importante, que resgata toda a
história da transformação do Olodum, de todos os trabalhos sociais que ele tem
feito. Isso reforça o papel dele [Olodum] no processo educacional, ao
reconhecer todo esse processo voltado para a formação de jovens entre15 e 19
anos, de percussão, de dança afro, da memória do povo negro da Bahia. A gente
parabeniza a história do Olodum, que é o nosso grande patrimônio da Bahia”,
disse a secretária.
O Olodum desenvolve atividades de combate ao racismo e de
incentivo à cultura entre jovens negros.
“Estamos devolvendo à nossa cidade e ao nosso estado um
pouco do que a gente acumulou, agora em forma de documentos digitais, que terão
uma visão mais ampla das fantasias, dos momentos, dos memoriais, das músicas e
dos fatos históricos que nós vivemos. Recebemos aqui Nelson Mandela, Paul
Simon, Michael Jackson, e isso foi fundamental para abrir a Bahia para o mundo.
Cabe ao Olodum repercutir esse conhecimento e devolvê-lo à Bahia e ao mundo de
uma forma mais moderna e digital”, disse o presidente do bloco, que destacou o
aproveitamento do portal para a educação formal.
“Vai ser importante para educação escolar, em
conhecimentos como o de Madagascar, do Egito, da Etiópia. Os estudantes poderão
aprender por uma plataforma que cabe na mão. A oferta de conteúdo vai ajudar um
pouco na formação dessas pessoas”, acrescentou João Jorge.
Por Sayonara Moreno, da Agência Brasil
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