Os
corpos de nove pessoas assassinadas na última quinta-feira (20) em uma área
rural do distrito de Guariba, em Mato Grosso, já chegaram ao município de
Colniza, onde vão passar por perícia e identificação. As informações são da
Polícia Judiciária Civil do estado.
De
acordo com o órgão, os corpos são de homens adultos e, portanto, não há
crianças entre os mortos, como havia sido divulgado anteriormente. Três vítimas
eram do estado de Rondônia e três do próprio distrito de Guariba. A procedência
das demais vítimas ainda está sendo verificada.
Ainda
segundo a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, os homens foram mortos por
tiros ou facadas e estavam todos no local onde aconteceu a chacina. Os corpos
foram resgatados ontem (21) no fim do dia e o transporte foi feito durante a
madrugada de hoje (22).
O
órgão também informou que os corpos foram levados para uma sala preparatória do
cemitério de Colniza, onde os trabalhos de perícia devem acontecer durante todo
o dia. A divulgação da lista com os nomes das vítimas será feita pela
Secretaria de Segurança Pública do estado.
Por Paula Laboissière, da
Agência Brasil
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O livro
A peça teatral retrata uma situação que vem do Brasil Colônia e persiste nos dias atuais: estratégias utilizadas por capatazes para escravizar trabalhadores rurais.
Em uma das cenas da peça “Gravata Vermelha” esse crime é explicado num diálogo entre as personagens Alfredo e Marquito:
“(...) Quando o caboco chega lá para trabalhar tem que comprar tudo no armazém, na venda da fazenda, a única que existe no lugar. E daí compra fiado, abre conta, anota no caderno. Tudo caro, mercadoria de servo, de criado; preço de doutor. Quando chega ao final do mês, o salário já tá muito menor que a conta aberta no Armazém. E vai passando o mês, vai passando outro mês, e depois um ano, muitos anos, a conta, a dívida só aumentando, crescendo sempre mais e mais. Não tem jeito de sobrar dinheiro, nunca sobra salário, nunca dá prá quitar a dívida. Daí que o caboco vira o quê? Escravo. Trabalha, trabalha, e cada vez deve mais. Quando se dá conta da escravidão e tenta fugir, os jagunços cravam o balaço nas costas. É assim, minha senhoria. Desse jeito mesmo que acabo de contar. (...)”.
“Quando o homem engole a lua” investe numa inovadora concepção cênica, criando novos espaços e estilos de interpretação, se destacando a fina interação entre o espetáculo tradicional - onde se apresentam atores, músicos e dançarinos – e o teatro de bonecos com a performance dos bonecos de luva e vara.
A peça teatral retrata uma situação que vem do Brasil Colônia e persiste nos dias atuais: estratégias utilizadas por capatazes para escravizar trabalhadores rurais.
Em uma das cenas da peça “Gravata Vermelha” esse crime é explicado num diálogo entre as personagens Alfredo e Marquito:
“(...) Quando o caboco chega lá para trabalhar tem que comprar tudo no armazém, na venda da fazenda, a única que existe no lugar. E daí compra fiado, abre conta, anota no caderno. Tudo caro, mercadoria de servo, de criado; preço de doutor. Quando chega ao final do mês, o salário já tá muito menor que a conta aberta no Armazém. E vai passando o mês, vai passando outro mês, e depois um ano, muitos anos, a conta, a dívida só aumentando, crescendo sempre mais e mais. Não tem jeito de sobrar dinheiro, nunca sobra salário, nunca dá prá quitar a dívida. Daí que o caboco vira o quê? Escravo. Trabalha, trabalha, e cada vez deve mais. Quando se dá conta da escravidão e tenta fugir, os jagunços cravam o balaço nas costas. É assim, minha senhoria. Desse jeito mesmo que acabo de contar. (...)”.
“Quando o homem engole a lua” investe numa inovadora concepção cênica, criando novos espaços e estilos de interpretação, se destacando a fina interação entre o espetáculo tradicional - onde se apresentam atores, músicos e dançarinos – e o teatro de bonecos com a performance dos bonecos de luva e vara.
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