segunda-feira, 24 de maio de 2021

Ancine sinaliza retomada de investimentos em séries e filmes brasileiros

 


Agência joga a responsabilidade pela paralisia do setor no colo de gestões que antecederam Bolsonaro

 

Em entrevista ao programa Conversa com Bial na última quarta-feira, Luiz Carlos Barreto, provavelmente o mais longevo produtor de cinema em atividade no país, tirou parcialmente da conta do governo federal a crise que atinge a política audiovisual.

Segundo ele, apesar de Jair Bolsonaro ter um projeto de destruição da produção cultural brasileira, a Ancine, Agência Nacional do Cinema, já andava trôpega antes de ele assumir a presidência.

Barreto tem 93 anos e estreou no set fotografando 'Vidas Secas', de 1963. Como produtor, esteve à frente de dezenas de obras, entre elas, 'Dona Flor e Seus Dois Maridos', de 1976 -por três décadas recordista nacional de bilheteria- 'O Quatrilho' e 'O Que É Isso Companheiro', indicados ao Oscar, e da cinebiografia 'Lula, o Filho do Brasil', de 2009.

Além de filmes, Barreto sempre fez política. Foi, inclusive, um dos artífices da criação da Ancine, 20 anos atrás.

'Quando o governo Bolsonaro assumiu, a Ancine já estava semiparalisada. O governo Bolsonaro encontrou um prato feito. Ele só entrou com a sobremesa', disse, nominando a gestão de Sérgio Sá Leitão à frente do Ministério da Cultura no governo Michel Temer. Leitão é hoje secretário de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo.

A fala de Barreto coincide com a divulgação dos relatórios de gestão do Fundo Setorial do Audiovisual nos últimos três anos. O FSA concentra os recursos destinados à realização de filmes e séries no país que, nos últimos dois anos, vinham sendo liberados a conta-gotas.

A falta de diálogo com a Ancine fez com que, em 2020, vários produtores impetrassem uma centena de mandados de segurança para tentar ter seus projetos do FSA analisados, e o Ministério Público Federal abriu uma ação por improbidade administrativa contra os diretores da agência para apurar a paralisia do setor.

Os relatórios indicam, no entanto, que o fundo estava passando por um processo de ajuste financeiro e orçamentário. Essa tese foi referendada na semana passada pelo Comitê Gestor do FSA, composto por representantes do setor e do governo.

Os documentos, que somam mais de 600 páginas, apontam que o delicado equilíbrio do fundo se rompeu de vez em 2018. Nesse ano, foi lançado, por Leitão e Christian Castro, então diretor-presidente da Ancine, o programa #AudiovisualGeraFuturo, que previa linhas de apoio no valor de R$ 1,2 bilhão.

Num comunicado, a Ancine afirma que não havia 'lastro financeiro' para o programa e que, além disso, o volume de projetos recebidos mostrou-se incompatível com a capacidade operacional da agência. Segundo a nota, as 974 propostas selecionadas em 2018 representaram um aumento de 167% na média anual histórica.

Cabe lembrar que esse conjunto de editais foi citado também no acórdão do Tribunal de Contas da União, que em abril de 2019 alertou para o risco de colapso na política de fomento. À altura, o órgão de controle problematizou o sistema de prestações de contas, tido como falho e lento.

Na última sexta-feira, a Ancine anunciou que, após os ajustes, o FSA conta com R$ 400 milhões para novos investimentos em 2021 e que 65% do passivo de projetos em análise -alguns deles em trâmite desde 2016- está resolvido.

O prazo previsto para a solução do passivo, que soma recursos da ordem de R$ 800 milhões, é de cinco meses. Desde janeiro, segundo a Ancine, foram firmados 212 contratos no valor de R$ 174,1 milhões.

Pelo que deixam adivinhar a fala de Barreto -que sempre soube para que lado o vento sopra na política de cinema- e os relatórios do FSA, os investimentos devem aos poucos ser retomados, ainda que em bases muito distintas daquelas anteriores à crise da Ancine.

Não se pode, de toda forma, esquecer que há dois anos Bolsonaro verbalizou o desejo de impor 'filtros' à produção, citando o filme 'Bruna Surfistinha' como exemplo do que não deve receber recursos públicos. Além disso, entre os três diretores da agência -todos substitutos, por não terem sido sabatinados no Senado-, dois são alheios ao setor e chegaram ali por indicação do governo.

Por Ana Paula Sousa, na Folha Online   / 


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